Resenha: Delírio

Por Cecília Fernandes - sexta-feira, dezembro 19, 2014

"Você pode morrer de amor ou da falta dele."
Estou devendo uma série de resenhas pro blog e decidi começar pelo meu livro favorito entre todos, a indicação foi feita por duas amigas minhas e eu quis comprar o livro assim que bati o olho nele por acaso (ou não) numa livraria. Eu me apaixonei e mal posso esperar para ler todos os outros. Vamos lá :)
Sinopse: Muito tempo atrás, não se sabia que o amor é a pior de todas as doenças. Uma vez instalado na corrente sanguínea, não há como contê-lo. Agora a realidade é outra. A ciência já é capaz de erradicá-lo, e o governo obriga que todos os cidadãos sejam curados ao completar dezoito anos. Lena Haloway está entre os jovens que esperam ansiosamente esse dia. Viver sem a doença é viver sem dor: sem arrebatamento, sem euforia, com tranquilidade e segurança. Depois de curada, ela será encaminhada pelo governo para uma faculdade e um marido lhe será designado. Ela nunca mais precisará se preocupar com o passado que assombra sua família. Lena tem plena confiança de que as imposições das autoridades, como a intervenção cirúrgica, o toque de recolher e as patrulhas-surpresa pela cidade, existem para proteger as pessoas. Faltando apenas algumas semanas para o tratamento, porém, o impensado acontece: Lena se apaixona. Os sintomas são bastante conhecidos, não há como se enganar — mas, depois de experimentá-los, ela ainda escolheria a cura?

"Não é possível ser feliz a não ser que às vezes se sinta infeliz"

A história se passa numa realidade futurista onde o amor é considerado uma doença terrível que deve e pode ser erradicada por meio de um procedimento que retira da pessoa tal sentimento. O governo vende que o amor é o principal responsável pelas guerras e carnificinas que um dia destruíram países e nações inteiras.
O foco da narração e da história é a protagonista Lena Haloway, uma garota simples e comum que vive sua vida tranquilamente com sua tia, já que sua mãe morreu contagiada pela doença amor deliria nervosa como é chamada a doença de amar. Justamente por ser filha da mulher que é conhecida como doente, besta e monstro Lena mal pode esperar para que o procedimento seja realizado e ela finalmente se livre do risco de se apaixonar sendo dirigida a um marido que bem, não vai ama-la, demonstrar sentimentos e muito menos ser romântico, mais vai respeita-la e trata-la como mulher. Eis que no Dia da Avaliação, um momento onde todas as pessoas da região são submetidas a um encontro com avaliadores curados que testam o entrevistado buscando informações para ligar este a uma outra pessoa formando assim um par que irá se juntar após ambos se submeterem a operação, um incidente atrapalha o percurso da avaliação e a faz ter o primeiro contato com Alex um garoto sedutor e com a maior pinta de badboy que consegue, apesar da luta de Lena, fazer com que a garota se apaixone.
Nesse meio tempo Lena descobre por meio da rebeldia de sua melhor amiga Hana que decide bancar a adolescente inconsequente indo a festas mistas que são estritamente proibidas, já que o governo proíbe o contato entre os dois gêneros antes da intervenção, como é viver num mundo normal, se apaixonar, amar, ter medo, ter ciúmes, cantar, dançar, ler livros de poesias, beber e outras coisas que o governo censura. 

"Amor, ele vai matá-lo e salvá-lo ao mesmo tempo"

Eu devo ter ficado pelo menos uns dez minutos olhando pra capa e respirando fundo. Duas palavras, um termo e um único sentimento: plot twist. Seguirei fiel a minha doutrina de não dar spoilers a ninguém, mas já informo que as surpresas serão muitas. 
Eu gostei muuuito do livro e mal posso esperar para ter Requiem em minhas mãos, Lena é uma garota tímida que está acostumada até demais a viver dentro de sua bolha, e Alex, ah o Alex... O garoto é praticamente a agulha que estoura essa bolha. Não me identifiquei muito com a protagonista, talvez mais com a Hana, mas devido alguns plot twists minha opinião não é igual agora. 
O livro me envolveu bastante, eu li ele em dois dias de tanta ansiedade, eu ri, chorei, gritei, pulei, dancei de alegria e me rolei de agonia em certas cenas. é o típico livro que te devora aos poucos. 
Delírio fala basicamente sobre o amor, sobre o medo que sentimos de amar, o quão grande e necessário é o amor, porque temos que senti-lo e porque não podemos viver sem ele. No final aprendemos que o amor rege a vida tanto quanto o oxigênio. 

Dados
Nome: Delírio
Autor: Lauren Oliver
Editora: Intrínseca
Lançamento: 2012
Nº de páginas: 352 

Classificação: 

  • Compartilhe:

Postagens relacionadas

0 comentários