Alô, alô cinéfilos e amantes da tecnologia - literalmente - 

Esse filme pertence a lista filmes que eu vi com o meu irmão e embora eu tenha ficado meio insegura de vê-lo no começo acabei assistindo e me apaixonando por ele. Foi um filme que encontrei no meio de uma tarde tediosa de sábado quando não tinha nada para fazer assim como o meu irmão. Pegamos uma bacia de pipoca, ligamos na tv e tchrãm: amor puro. 

O filme dessa vez é Ela dirigido por Spike Jonze que narra a trajetória de Theodore, um escritor solitário e antissocial que está lidando com o término de um relacionamento da forma mais dura possível: isolando-se do mundo. Eis que um dia ele acaba comprando uma atualização de sistema operacional com inteligência artificial para o seu computador, essa IA se apresenta como Samantha, voz feita pela maravilhosa Scarlett Johansson, que acaba encantando Theodore e o fazendo se sentir vivo novamente. Samantha faz com que ele sinta o amor como não sentia a muito tempo, fazendo com que ele veja o mundo de um jeito completamente diferente de novo.

O filme procura fazer uma crítica a evolução da tecnologia, retrata a relação do homem dos tempos atuais com o desenvolvimento acelerado das máquinas. Além disso ele retrata o amor verdadeiro em uma realidade onde o tempo para amar é praticamente inexistente, o amor no mundo da comunicação, um amor virtual, porém real. Spike Jonze conseguiu retratar não apenas os sentimentos do personagem em relação aquele amor improvável, ele conseguiu retratar todos os sentimentos que rondam um relacionamento, desde o desejo até o carinho, desde o ciúme até a forma mais pura do amor. 

A realidade futurista criada por Jonze não é utópica, com carros voadores, robôs que limpam a casa, comunicação com outros planetas. Jonze cria uma realidade onde a tecnologia acabou consumindo a vida do ser humano, ao invés de se tornar um meio prático de comunicação acabou dificultando-a, ele retrata um mundo onde o ser humano não é capaz de viver sem essa tecnologia, sem estar conectado.